sexta-feira, 23 de março de 2012

Cultura Afro-brasileira e ojovem estudante - uma reflexão

Trabalhar a cultura afrobrasileira na escola, pode se tornar um atrativo se a proposição for através da música ou da arte, uma questãoque o adolescente aprecia muito.Os adolescentes sempre seguiram tendências apresentadas por seus ídolos - pode ser na roupa, na cor do cabelo, no tipo de alimentação, nas músicas etc. Por que não incentivar que sigam os exemplos mais solidários, dos professores, de ongs etc..?
Saindo do campo da história da África e direcionando o foco para a cultura Afro-brasileira, os professores dispõem de diversos mecanismos para a aplicação da Lei 10639/2003. Os livros didáticos estão em constantes revisões e atualizações para fortalecer e apresentar conteúdos que antes eram abordados superficialmente. Não foi alcançado o ideal de conteúdo e nunca será, pois o livro é apenas uma ferramenta de apoio. Ao educador é permitido o papel de autor e como tal, o próprio pode e deve produzir material
pedagógico de apoio para as questões não abordadas, ou que são mal abordadas no livro didático usado pela escola. (Revista Ágora, Vitória, n. 5, 2007, p. 1.12 10)
A cultura Afro-brasileira está presente em toda a nossa trajetória de formação de nação. O Brasil foi o país que mais recebeu escravos africanos e, após a abolição, a luta pelo reconhecimento na sociedade tem sido incessante. Falar em uma cultura Afro-brasileira implica abordar as lutas sociais, a miscigenação, a discriminação, o sincretismo e a contribuição cultural de um modo geral.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

HISTÓRIA E COTIDIANO

A História é construída não só pelos grandes nomes e acontecimentos, mas principalmente por pessoas comuns e pelos hábitos e rituais do dia-a-dia.
A chamada História do Cotidiano, é uma corrente nascida na França na década de 1960 e que é cada vez mais valorizada. A proposta é simples: enxergar a realidade sob a perspectiva das pessoas comuns e das práticas, hábitos e rituais que caracterizam o dia-a-dia delas, tirando o foco dos grandes nomes e acontecimentos políticos e econômicos e voltando-o para a riqueza que está próxima de todos, impregnada pela aparente banalidade do cotidiano. Investigar, por exemplo, como os cidadãos viviam, namoravam, noivavam e casavam, moravam, se divertiam, eram educados, nasciam e morriam.

Para Eliete Toledo:  a grande vantagem dessa abordagem é que ela envolve muito mais os alunos, principalmente os menores, funcionando como um facilitador para questões menos palpáveis, como a política e a economia: "Fica fácil chegar a esses temas — que não fazem parte do universo deles — quando partimos de algo familiar" para compreenderem a história universal.

Além disso, essa é a melhor forma de mostrar que a História é feita por todas as pessoas, em todos os momentos da vida — não apenas quando uns poucos participam de feitos extraordinários. "Esse viés consolida o estudo dos grupos anônimos (operários, crianças, quilombolas, índios, negros...), iluminando aspectos da vida deles que até então não eram vistos", diz a historiadora Mary Del Priori.

"A história humana não se desenrola apenas nos campos de batalha e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquinas"
Ferreira Gullar.

Portanto, construiremos a História partindo das vivências diversas, e então, ascenderemos aos conhecimento da história universal para a melhor  compreensão dos alunos. Sairemos então, de uma história de heróis e feitos grandiosos, para uma história de sujeitos que vivem e lutam na vida real.